sexta-feira

Assédio Moral - Violência Velada

O assédio nasce como algo inofensivo e propaga-se insidiosamente. Em um primeiro momento, as pessoas envolvidas não querem mostrar-se ofendidas e levam na brincadeira desavenças e maus-tratos. Em seguida esse ataques vão se multiplicando e a vítima é seguidamente acuada, posta em situação de inferioridade, submetida a manobras hostis e degradantes durante um período Leia tudo...

    Assédio moral no local de trabalho é qualquer atitude abusiva e repetida que se manifesta por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos, podendo atentar contra a personalidade, a dignidade, ou a integridade física ou psíquica de uma pessoa, e pôr em perigo o emprego dessa pessoa ou degradar o ambiente de trabalho.

    ALGUMA DESTAS SITUAÇÕES DE TRABALHO, É FAMILIAR, PARA VOCÊ?

    CHEFES PERVERSOS, GERENTES ARROGANTES , CLIMA DE TERROR , PERSEGUIÇÕES , RAZOS IMPOSSÍVEIS DE CUMPRIR , FALTA DE RECONHECIMENTO , REBAIXAMENTO HIERÁRQUICO , COLEGAS INDIVIDUALISTAS , DESPREZO , SONEGAÇÃO DE INFORMAÇÕES , PROVOCAÇÃO , BOATOS PESSOAIS ,

    SE VOCÊ JÁ VIVEU ALGUMA SITUAÇÃO SEMELHANTE, VOCÊ SOFREU ASSÉDIO MORAL

    ASSÉDIO MORAL

    Resumidamente é quando os chefes, gerentes, encarregados - pessoas que exercem função de liderança - abusam da autoridade que receberam, interferindo de forma negativa nas pessoas que lideram.

    De que modo abusam:

    Comportando-se de forma arrogante, perseguindo os funcionários, impondo condições e regras de trabalho personalizadas, etc.

    E por quê isto interfere negativamente?

    Porque as pessoas acabam tendo sua auto-estima prejudicada e nem sempre conseguem, ou podem, enfrentar de frente as dificuldades. Talvez não consigam por incapacidade de brigar, ou não podem - o que é a maioria dos casos - para não perderem o emprego. É aí que as conseqüências do assédio começam a tomar vulto e prejudicar a saúde dos trabalhadores.

    Problema antigo

    O problema não é de agora. Há séculos que os trabalhadores são agredidos psicologicamente no local de trabalho. Adoecem de corpo e alma e podem mesmo encontrar a morte. O que mudou foi a maneira de tratar este fenómeno em sociedades mais atentas ao atropelamento dos direitos. Em alguns países já ganhou designações especiais e começou a ser estudado com frequência.

    Agressões que matam

    Na Europa o fenómeno foi identificado pela primeira vez em 1984, pelo psicólogo alemão Heinz Leymann, que utilizou a expressão "mobbing" para o batizar. Dirigido normalmente por um superior hierárquico a uma ou mais pessoas, com o intuito de provocar a demissão forçada ou prejudicar a progressão na carreira, este tipo de agressão envolve muito mais do que apenas a provocação de situações de stress ou de conflitos. Sobretudo, porque é exercida de uma forma sistemática - pelo menos uma vez por semana, segundo o psicólogo - e durante um longo período de tempo - seis meses no mínimo. A suas consequências podem ser desastrosas para a saúde das vítimas, originando depressões, distúrbios físicos de vária ordem e, em muitos casos, conduzindo ao suicídio. O psiquiatra Carlos Saraiva sustenta que se trata de «técnicas de tortura psicológica muito bem estudadas». Os primeiros sintomas, segundo o especialista, são físicos. «A pessoa começa, por exemplo, a sentir dores, perturbações de humor, de sono, ansiedade e é na fase seguinte que passa para um quadro depressivo». É normalmente neste estágio que segundo o médico as pessoas procuram ajuda. Estão em grande sofrimento, sentem-se angustiadas e a sua personalidade já está afetada. «As pessoas sentem que não são merecedoras do tratamento que estão a receber, sentem que estão a atacar os seus princípios e valores e esses sentimentos funcionam como perdas de vinculações afetivas». Diz o médico que se as perdas forem sucessivas as vítimas acabam no suicídio.

    Como se defender do tirano

    Não demonstre vergonha, medo, culpa ou dificuldades diante do chefe. É tudo o que ele quer para te derrubar de vez

    Anote tudo. Faça um diário com tudo o que ele faz ou diz contra você, marque o dia e a hora dos ataques e se havia testemunha ou não. Também anote os pedidos que você fez a ele e ele não cumpriu ou nem deu resposta

    Não é um único incidente que caracteriza o assédio moral. Mas a regularidade com que acontece e o conjunto da situação

    Guarde tudo. Tire cópias dos memorandos, dos bilhetes e das cartas que o chefe possa ter te mandado. Não só com ofensas , mas também aquelas que possam ter te levado a fazer algo errado

    Cuidado ao pedir socorro a um superior. Geralmente, eles ficam do lado do chefe tirano. Por outro lado, o alto escalão da empresa precisa estar ciente do que acontece com você e seus colegas do setor.

    Não enfrente o chefe sozinho. Procure ajuda no departamento médico da sua empresa ou no sindicato

    Se o seu médico diagnosticar que você está estressado por culpa do ambiente do trabalho será mais uma prova contra o chefe que te faz mal.
    Se receber licença médica, faça questão de preencher a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e coloque como causa a opressão do chefe tirano, já denunciada ao superior.
    Se o chefe ranzinza te der broncas em público, chame um um advogado Ele pode ser processado por calúnia e difamação

    Se for forçado a pedir demissão, denuncie e não assine nada antes de falar com o sindicato ou um advogado de sua confiança

    Se em último caso achar melhor pedir a conta , pense nisso como coisa positiva. Afinal você está preservando a sua saúde se livrando de coisas ruins como o seu ex-chefe

    Perfil do agressor

    Está sempre de mau humor

    É arrogante mesquinho e vingativo

    Não sabe elogiar só dá bronca, acha que ele é único e especial, acha que tem sempre razão e não abre espaço para receber criticas.
    Repete todos os dias a mesma critica até você pensar que realmente tem alguma coisa errada com você.
    Grita humilha e ofende em público

    Não repassa as informações para os subordinados

    Ignora o funcionário, pára de falar com ele e só manda recados por terceiros

    Marca tarefas com prazos impossíveis de serem cumpridos

    Dá serviços sem importância ignorando a sua qualificação (tipo: manda o contador cuidar de trocar água do bebedouro ou servir café para um cliente)
    Recebe os méritos pelo seu serviço bem feito, mas não diz para ninguém que foi você quem fez
    Coloca uma lente de aumento nosseus erros e diminui os seus acertos

    Não valoriza os seus esforços

    Tenta colocar um colega contra o outro

    Espalha boatos contra você

    Fonte: Guia do "Tirano na Mira", do inglês Tim Field, Recomendo uma visita ao site abaixo para maiores informações http://www.assediomoral.org/

5 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo post!

Eu passo por este tipo de problema no meu trabalho. Pelo que li sobre o perfil do agressor, minha chefe encaixa perfeitamente. É realmente horrível passar por isso. Hoje em dia não me sinto tão mal, mas já fiquei muito angustiada com as coisas que já passei com toda a tirania dela.
Um funcionário que trabalha com medo dificilmente consegue ser tão eficiente quanto poderia ser se estivesse num ambiente mais amigável, confortável.
Hoje em dia, estou correndo atrás de mudanças.

Mais uma vez parabéns pelo assunto abordado!

Abraço!

Anônimo disse...

Este tipo de agressão continuada e silenciosa está acabado com a saúde física e psíquica de centenas de milhares de trabalhadores no mundo. Ofensa à honra, dano essencialmente pessoal, já era prevista no Código Comercial e a CLT fez o papel de "consolidar" o dispositivo preexistente, tipificando-a como motivo de despedida motivada (artigo 482) ou de denúncia, pelo empregado, do contrato de trabalho (artigo 483). Não é exagero, 36% dos trabalhadores brasileiros já fizeram reclamação por sofrerem abusos da moral e como ainda não existe lei específica para tal e devido aos efeitos na saúde fisica e mental, o abuso é considerado doença do trabalho.
Só para complementar e não me extendendo muito, existem 3 projetos leis tramitando no congresso, a saber:
a)- Projeto de lei federal de reforma do Código Penal, sobre assédio moral, de iniciativa de Marcos de Jesus, deputado federal pelo PL – PE; b)- Projeto de lei sobre assédio moral, de iniciativa de Rita Camata, deputada federal pelo PMDB – ES; c)- Projeto de lei federal de reforma do Código Penal, sobre coação moral, de coordenação do deputado federal Inácio Arruda, PCdoB – CE;
Bom fim de semana! Beijus

Anônimo disse...

No meu caso... foi familiar. O triste que denunciei na DEAM e aqui só tem razão quem tem dindin. É lamentável e muito triste. Pior foi ler o livro a respeito e não conseguir terminar porque "deveria ter lido anos atrás", parecia que alguém contava a minha história.

Unknown disse...

E um caso dificil eu estou movendo uma processo desse e é uma situação desagradavel,abraços

Anônimo disse...

Aparentemente ñ há razão p ter sido demitida!
Uma colega de trabalho já havia me falado sobre o assunto, mas ñ dei a devida importância. Resultado...era exatamente o q ela havia me dito e no final quem se deu mal foi eu, pois perdi meu emprego q perseverei mto p conquistar.Sinto-me sequelada, pois ñ consigo ir atrás de outro emprego! O q fazer??
:(

 
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